Piratas informáticos exigem um resgate de 1,5 milhões de dólares (cerca de 1,4 milhões de euros) ao Porto de Lisboa até 18 de janeiro, avança a CNN Portugal.
Em causa estão dados sensíveis da entidade, roubados num ciberataque ao porto a 25 de dezembro. Caso o resgate não seja pago atempadamente, o grupo de hackers Lockbit já ameaçou publicar as informações.
A Administração do Porto de Lisboa (APL) já tomou conhecimento da situação e está a "analisar a dimensão do comprometimento", em "estreita articulação" com o Centro Nacional de Cibersegurança, a Polícia Judiciária e a Comissão Nacional de Proteção de Dados, mas não detalha se vai pagar o resgate, sublinha a CNN Portugal.
Segundo o site criado pelos piratas informáticos na deep web, o conteúdo a tornar público inclui "todos os relatórios financeiros, auditorias, orçamentos, contratos, informações sobre cargas" e ainda dados de funcionários e clientes e emails.
Os atacantes exigem que o pagamento seja feito em bitcoin e apresentam várias: o pagamento de mil dólares permitirá adiar a publicação dos dados em 24 horas. Já o pagamento de 1,5 milhões de dólares garante a eliminação das informações roubadas.
Há ainda uma terceira alternativa, que permite "descarregar os dados a qualquer momento", mediante igual pagamento de 1,5 milhões de dólares.
Já no dia 26 de dezembro, o Conselho de Administração do Porto de Lisboa (APL) anunciava que tinha sofrido um ataque informático. No entanto, detalhava que o crime não comprometia a atividade operacional.
"No dia 25 de dezembro, a APL foi alvo de um ataque informático tendo sido rapidamente ativados todos os protocolos de segurança e medidas de resposta previstas para este tipo de ocorrências, estando garantida a atividade operacional", pode ler-se no comunicado.
Segundo a mesma nota publicada, o Centro Nacional de Cibersegurança e a Polícia Judiciária estão desde então a acompanhar a situação.