"Hackers" pedem resgate de mais de um milhão de euros ao Porto de Lisboa
06-01-2023 - 07:57
 • Pedro Valente Lima

Grupo de piratas informáticos garante que vai publicar dados sensíveis do porto se o pagamento não for efetuado até 18 de janeiro.

Piratas informáticos exigem um resgate de 1,5 milhões de dólares (cerca de 1,4 milhões de euros) ao Porto de Lisboa até 18 de janeiro, avança a CNN Portugal.

Em causa estão dados sensíveis da entidade, roubados num ciberataque ao porto a 25 de dezembro. Caso o resgate não seja pago atempadamente, o grupo de hackers Lockbit já ameaçou publicar as informações.

A Administração do Porto de Lisboa (APL) já tomou conhecimento da situação e está a "analisar a dimensão do comprometimento", em "estreita articulação" com o Centro Nacional de Cibersegurança, a Polícia Judiciária e a Comissão Nacional de Proteção de Dados, mas não detalha se vai pagar o resgate, sublinha a CNN Portugal.

Segundo o site criado pelos piratas informáticos na deep web, o conteúdo a tornar público inclui "todos os relatórios financeiros, auditorias, orçamentos, contratos, informações sobre cargas" e ainda dados de funcionários e clientes e emails.

Os atacantes exigem que o pagamento seja feito em bitcoin e apresentam várias: o pagamento de mil dólares permitirá adiar a publicação dos dados em 24 horas. Já o pagamento de 1,5 milhões de dólares garante a eliminação das informações roubadas.

Há ainda uma terceira alternativa, que permite "descarregar os dados a qualquer momento", mediante igual pagamento de 1,5 milhões de dólares.

Já no dia 26 de dezembro, o Conselho de Administração do Porto de Lisboa (APL) anunciava que tinha sofrido um ataque informático. No entanto, detalhava que o crime não comprometia a atividade operacional.

"No dia 25 de dezembro, a APL foi alvo de um ataque informático tendo sido rapidamente ativados todos os protocolos de segurança e medidas de resposta previstas para este tipo de ocorrências, estando garantida a atividade operacional", pode ler-se no comunicado.

Segundo a mesma nota publicada, o Centro Nacional de Cibersegurança e a Polícia Judiciária estão desde então a acompanhar a situação.