O Tribunal de Luanda condenou esta segunda-feira a penas entre dois anos e três meses e oito anos e seis meses de prisão efectiva os 17 activistas angolanos julgados por co-autoria de actos preparatórios para uma rebelião. Foram igualmente condenados por associação criminosa.
No caso do 'rapper' luso-angolano Luaty Beirão, que chegou a fazer greve de fome contra este processo, a pena, em cúmulo jurídico também por falsificação de documentos, foi de cinco anos e seis meses de cadeia.
Domingos da Cruz, outro activista, cumprirá oito anos e seis meses de pena.
A defesa dos activistas e o Ministério Público já anunciaram que vão avançar com pedidos de recurso da decisão.
De acordo com o jornal "Rede Angola", todos os activistas vão pagar uma taxa de justiça no valor de 50 mil kwanzas (cerca de 300 euros).
Luaty e outros 16 activistas angolanos estão a ser julgados desde 16 de Novembro. Os activistas são acusados de actos preparatórios de uma rebelião. O Ministério Público angolano deixou cair a acusação de que estariam a preparar um atentado contra o Presidente, mas classifica-os como um "conjunto de malfeitores".
Em entrevista à Renascença, antes de ser conhecida a sentença, Luaty Beirão já prenunciava que a sentença seria política: “Estamos perante um julgamento político, na nossa opinião e assim sendo, a sentença será política também. Eu e o Domingos podemos estar confrontados com uma martelada que vai ditar 12 anos”.