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O bispo do Porto publicou um documento com normas e orientações para preparar o regresso “eventual e progressivo” das celebrações comunitárias, anunciando a reabertura das igrejas a partir de segunda-feira, para a oração individual.
“A partir segunda feira, 4 de maio, asseguradas as condições de segurança, as igrejas devem abrir portas para que os fiéis aí possam rezar. Retire-se, entretanto, a água benta para não proporcionar contágios. Em local bem visível, coloque-se um grande cartaz com as orientações básicas, mormente: usar máscara, manter a distância de segurança entre pessoas; não tocar nem beijar as imagens”, determina D. Manuel Linda, numa mensagem divulgada online pela diocese.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou este sábado o regresso das Missas comunitárias a 30 de maio, véspera da Solenidade do Pentecostes, face à retomada gradual das celebrações prevista pelo Governo, após o final do estado de emergência.
O bispo do Porto dá conta desta decisão e procura responder a questões de “fiéis que possam sentir-se desorientados com esta situação”.
O responsável católico sublinha que o isolamento provocado pela pandemia de Covid-19 não pode ser “um tempo de férias prolongadas”, do ponto de vista pastoral, pedindo “muita atenção às problemáticas familiares, especialmente as resultantes da doença, do luto e do confinamento”.
“Entre outras necessidades, procuremos responder e ajudar a responder às novas pobrezas, muitas vezes, escondidas”, acrescenta.
O documento deixa várias indicações para o pós-desconfinamento e o regresso das celebrações comunitárias, sublinhando a necessidade de “higienizar os espaços da melhor maneira possível” e pedindo que, nos funerais, a participação seja limitada “aos familiares e pessoas muito íntimas”.
Quanto aos sacramentos do Batismo e da Unção dos doentes, estes “podem ser administrados se o respetivo ministro calçar luvas (descartáveis) expressamente para o momento da unção”.
No mês de maio, marcado por várias manifestações de devoção à Virgem Maria, o bispo do Porto determina que sejam suspensas as “tradicionais procissões multitudinárias”, admitindo “algum gesto, sem exageros, como se fez, ocasionalmente, na Páscoa”.
“Quanto aos Crismas, aguardemos. Se as circunstâncias não se alterarem, terão de ficar para o próximo ano pastoral”, prossegue.
Um ponto especial é dedicado à Primeira Comunhão de centenas de crianças, advertindo que a mesma “está a tornar-se um mero acontecimento social”. D. Manuel Linda sugere, como alternativa, que “em vez de ser celebrada, no mesmo dia, para todas as crianças”, a mesma se faça na Missa dominical, se a família concordar.