Onze apoiantes do movimento ambientalista Climáximo começam a ser julgados em 22 de abril pelo bloqueio da Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, em dezembro de 2023.
A informação é avançada pela ativista do movimento, Matilde Alvim que adianta que o julgamento irá decorrer no Campus de Justiça nos dias 22, 23 e 24 de abril e que estão a ser organizadas “atividades de solidariedade e resistência” ao longo dos três dias.
Os 11 ativistas, com idades entre 20 e 58 anos, estão acusados de “desobediência civil” e “interrupção das comunicações” e, em caso de condenação, arriscam penas superiores a um ano de prisão.
Em comunicado, o movimento ambientalista adianta que o julgamento vai “contar com dezenas de testemunhas” e com “um programa em solidariedade que promete envolver e organizar os próximos passos do movimento pela justiça climática” – as “Assembleias de Abril”.
Segundo o movimento, “as 11 pessoas serão julgadas por terem lutado pela vida” no planeta.
“Não podemos normalizar a violência extrema que é a crise climática. […] Sabemos que os governos e as empresas continuam os seus planos de destruição. Delegar-lhes a responsabilidade de travar a crise climática é o mesmo que esperar que o ditador ponha fim à ditadura”, adianta o movimento.
O programa de ações em defesa do clima inclui debates sobre os “Planos de Desarmamento e de Paz” do Climáximo, palestras e assembleias abertas de “construção dos próximos passos do movimento”.