O Equador concedeu nacionalidade equatoriana ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, a 12 de Dezembro, a seu pedido, informou esta quinta-feira Maria Fernanda Espinosa, a ministra dos Negócios Estrangeiros do Equador.
O país sul-americano terá comunicado ao Reino Unido o desejo de conceder estatuto diplomático a Assange, mas Londres recusou. Um porta-voz do Governo britânico garante que Julian Assange só sairá da embaixada se for para enfrentar a justiça.
Assange exilou-se há cinco anos na embaixada do Equador em Londres para não ser extraditado para a Suécia, onde existia um processo de violação contra ele.
Apesar de a polícia sueca ter abandonado a investigação, Londres diz que Assange ainda seria detido por ter violado as condições da sua fiança.
O activista garante que se trata de perseguição por causa do seu papel na revelação de segredos de Estado de vários países, incluindo dos Estados Unidos, através do site WikiLeaks, que criou.
O Governo do Equador pretende agora transferir Assange para o seu país, mas a ministra dos Negócios Estrangeiros diz que apenas o fará quando tiver garantias de que ele não seja detido a caminho do aeroporto. E referiu que existem ameaças à vida do recém-naturalizado equatoriano, vindas de países terceiros.