A diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações considera “muito oportuna” a realização de um Conselho de Estado sobre a temáticas das migrações.
Com a tomada do poder pelos talibans, no Afeganistão, Eugénia Quaresma diz, em declarações à Renascença, que este Conselho de Estado “não poderia ser mais oportuno”, não apenas por causa da crescente preocupação face à situação dos refugiados afegãos, mas, também, pelo facto de o Pacto das Migrações da União Europeia não ser, ainda, aceite por todos os estados-membros.
Daí que, aproveitando a participação de António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, a convite do Presidente da República, Eugénia Quaresma admite que este Conselho de Estado “deverá ser uma boa altura para analisar o estado das coisas e como é que poderíamos participar de uma forma ainda mais efetiva”.
Para a diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações “é realmente importante fazer alguma coisa ao nível do acolhimento”, porque “nós vemos as imagens, vemos o desespero das pessoas e é quase impossível não nos tocar”.
No entanto, para esta responsável, é, também, necessário um maior esforço diplomático entre os países para “para que ninguém saia prejudicado”.
Perante a disponibilidade já manifestada pelo Governo português para acolher centenas de refugiados, Eugénia Quaresma assegura que as instituições que trabalham com as migrações estão em prontidão para apoiar o acolhimento.
Eugénia Quaresma garante que há instalações, mas, a seguir, diz, é importante “fazer o acompanhamento destas pessoas na sua integração, isso também é importante. Não só a parte das estruturas, mas, também, as instituições estarem preparadas para acolher quem chega”.