O presidente do Sindicato dos Estivadores classificou de "terrorismo psicológico" e "atentado ao Estado de direito" o anúncio de um despedimento colectivo e a presença da PSP no porto de Lisboa, para acompanhar retirada de contentores retidos.
António Mariano reagia assim, em declarações esta terça-feira à agência Lusa, ao anúncio pelos operadores do Porto de Lisboa de que vão avançar com um despedimento colectivo por redução de actividade, e à presença de uma equipa da PSP esta terça-feira de manhã na zona de Alcântara, numa medida de prevenção para a retirada de contentores retidos há cerca de um mês, quando começou a greve dos estivadores.
"Temos aqui o terminal de Alcântara rodeado de Polícia de Intervenção a colocar dentro do terminal fura greves, trabalhadores dessa empresa [Porlis], sem que os estivadores tivessem sido colocados, pois não foram pedidos serviços mínimos para aqui", declarou.
Segundo António Mariano, já não é só o direito à greve que está em causa, mas o "estado de direito".
"A partir de hoje, não é só o direito à greve que está em causa, mas o Estado de direito. Numa situação de greve, chega-se com a Policia de Intervenção, viola-se o direito à greve e retira-se daqui os matérias que nós não movimentamos porque não estão cobertos pelos serviços mínimos", sublinhou António Mariano.