Marco Paixão considera que Sacha Boey, lateral-direito do Galatasaray, não é um jogador tão evoluído como Pedro Porro, no entanto, com a ajuda de Rúben Amorim, pode chegar ao mesmo patamar do espanhol.
O jogador, de 22 anos, tem sido apontado como alvo do Sporting, caso Porro saia em janeiro. Marco Paixão, avançado a cumprir a quinta temporada no Altay, da Turquia, e que já defrontou Boey, explica, em entrevista a Bola Branca, que, com a ajuda de Amorim, o franco-camaronês pode evoluir até ao nível do internacional espanhol.
“Acho que o trabalho do Rúben vai ser muito importante. Um treinador que conseguiu fazer o que fez com os jovens do Sporting, a transformá-los em super jogadores. Acho que o Sacha será mais um desafio para ele e pode fazer dele três vezes melhor jogador”, afiança.
Nesse sentido, e com a ajuda preciosa de Rúben Amorim, Boey pode ser ideal para substituir Porro na lateral-direita do Sporting.
“O Rúben Amorim gosta de laterais que subam bem e sejam dinâmicos. Nesse aspeto, o Sacha Boey é semelhante ao Pedro Porro. O Porro chega mais ao remate e finaliza melhor, mas o Sacha também é um jogador com essa dinâmica. Acho que encaixaria na perfeição no estilo de jogo do Sporting”, explica o extremo português, de 38 anos.
Marco Paixão define Sacha Boey como um lateral que “sobe bem no terreno, tem boa dinâmica ofensiva e é bom tecnicamente”.
Dificuldade de trocar Turquia por Portugal é a língua
Sobre a possível adaptação ao Sporting e à Liga portuguesa, o avançado afirma que não seria difícil, porque são patamares semelhantes. Além disso, a pressão é “dez mil vezes maior na Turquia”:
“A Liga turca é boa e o Galatasaray é um clube grande. Não vai haver problemas de adaptação se ele assinar pelo Sporting. São clubes de grande dimensão europeia, não sentiria muita diferença.”
As transferências no mercado de inverno representam sempre desafios maiores para os jogadores, que têm menos tempo para se adaptarem a uma nova realidade. Nesse aspeto, Marco Paixão não nega as dificuldades, especialmente na língua. Contudo, deposita confiança em Rúben Amorim para ajudar Boey a superar essas adversidades.
“Indo em janeiro, obviamente a adaptação é mais difícil. Mas a única barreira que eu vejo é a língua. É difícil, porque muda muita coisa, mas o Rúben Amorim e a equipa técnica podem dar a volta a isso”, sublinha.
Idade "começa a pesar", mas os sonhos mantêm-se
Marco Paixão, de 38 anos, cumpre a quinta temporada no Altay, da Turquia. Nesta entrevista à Renascença, revela que se sente “bem fisicamente”, mas também admite que a idade “já começa a pesar”.
Um regresso a Portugal pode aparecer nos planos, ainda que voltar a Espanha, onde esteve três temporadas, seja também um objetivo.
O avançado, formado no Sesimbra, esteve uma temporada na equipa B do FC Porto antes de rumar ao estrangeiro. Em 15 épocas fora do país, passou por Espanha, Escócia, Irão, Chipre, Polónia, República Checa e Turquia.