O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) identificou, até esta quarta-feira, cerca de 215 sismos sentidos pela população na ilha de São Jorge, que continua com atividade sísmica acima do normal há quase duas semanas.
"Até ao momento, foram identificados cerca de 215 sismos sentidos pela população", informa o CIVISA, num comunicado publicado no seu site na Internet para ponto de situação às 10h00 locais (11h00 em Lisboa).
A crise sismovulcânica em São Jorge iniciou-se às 16h05 do dia 19 de março, tendo "o sismo mais energético" ocorrido na terça-feira, às 21h56 locais (22h56 em Lisboa), com a magnitude de 3,8 na escala de Richter, mas sem provocar danos.
O CIVISA adianta ainda que desde aquele sismo mais energético, entre as 22h00 de terça-feira e as 10h00 de hoje, "não foi sentido nenhum sismo".
A atividade sísmica que se tem vindo a registar desde 19 de março na parte central da ilha de São Jorge, num setor compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, "continua acima do normal", revela ainda o CIVISA, que "continua a acompanhar o evoluir da situação".
De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).
A ilha está com o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa "estado de repouso" e V6 "erupção em curso".
Segundo os dados provisórios dos Censos 2021, a ilha de São Jorge tem 8.373 habitantes, dos quais 4.936 no concelho das Velas e 3.437 no concelho da Calheta.