A Revolut foi alvo de um ataque informático em larga escala, pelo que a informação pessoal de dezenas de milhares de utilizadores do banco online terá ficado comprometida.
A informação foi confirmada pelo porta-voz da empresa ao site especializado em tecnologia, TechCrunch. "Terceiros não autorizados acederam aos detalhes de uma pequena percentagem (0,16%) dos nossos clientes durante um curto período de tempo", diz Michael Bodansky.
"Identificámos e isolámos imediatamente o ataque para, efetivamente, limitar o seu impacto e temos contactado os clientes que foram afetados", acrescenta.
O ciberataque foi identificado já a 10 de setembro e foi resolvido no dia seguinte, mas a Revolut não desvenda o número exato de pessoas afetadas. Feitas as contas, com base nos 20 milhões de clientes que o site oficial menciona, os hackers terão acedido a 32 mil contas.
Contudo, estes dados não batem certo com a informação prestada às autoridades da Lituânia, país onde a Revolut tem uma licença bancária, relatando 50.150 clientes afetados, incluindo 20.687 na Zona Euro.
Esta plataforma digital, que se tem revelado como alternativa à banca tradicional, também tem rejeitado comentar o tipo de dados a que os hackers tiveram acesso. No entanto, de acordo com a mensagem oficial enviada aos clientes afetados, a Revolut garante que "não acederam a detalhes do cartão, códigos PIN ou palavras-passe."
Mais uma vez, a informação comunicada pela empresa difere daquela que foi transmitida às autoridades, segundo a qual o ataque informático conseguiu aceder a "informação parcial sobre os dados de pagamento em cartão", assim como os nomes, moradas, emails e contactos dos clientes.
No final do ano passado, 500 mil pessoas usavam a Revolut em Portugal, de acordo com a agência Lusa.