Os adeptos do FC Porto estão mais do que satisfeitos com as exibições de Diogo Costa, mas há um outro sentimento que começa a pairar, o receio de que o guarda-redes seja transferido, face ao interesse de clubes com outra força financeira.
Entrevistado pela Renascença, o antigo vice-presidente do clube, Fernando Póvoas, reconhece o risco de perder o jogador, mas espera que não seja para já.
"Espero que ele não saia em janeiro, porque é importante para o Porto não o perder nesta fase. Mas corremos o risco de no final da época não faltarem candidatos europeus a um guarda-redes deste calibre", assume.
Diogo Costa, de 23 anos, tem contrato com o FC Porto até 2026 e uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros. O clube está interessado em rever o acordo com o guarda-redes, cuja cotação vai aumentando.
Além de defender a baliza do Porto, Diogo é também o titular da seleção portuguesa e deverá manter o estatuto no Mundial do Qatar, entre novembro e dezembro. Em Bruges, na Bélgica, voltou a ser decisivo, ao defender dois penáltis. O primeiro não foi válido, mas voltou a responder à segunda tentativa dos adversários. Na altura, a equipa portuguesa estava a vencer por um golo de diferença e o momento foi decisivo para a cavalgada que se seguiu, com o Porto a golear o Club Brugge, por 0-4.
"Estas exibições do Diogo Costa, esta qualidade ímpar de defender penáltis, que é algo de estranhíssimo com a qualidade que os defende, a capacidade que tem de jogar com ambos os pés, demonstra que é um guarda-redes de eleição", avalia Fernando Póvoas.
O antigo dirigente portista olha para o Diogo Costa e revê Vítor Baía, considerando, desde já, que "o Diogo não lhe fica nada atrás". Ao defender o penálti na Bélgica, Diogo Costa tornou-se no primeiro guarda-redes a defender três grandes penalidades numa fase de grupos da Liga dos Campeões.
O Porto venceu o jogo e, com o empate do Atlético de Madrid frente ao Leverkusen, garantiu também o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões.