A CGTP entregou esta segunda-feira ao primeiro-ministro um conjunto de "medidas urgentes" para o país, para promover o desenvolvimento, a justiça social e a coesão territorial, que incluem aumentos de 90 euros para todos e a reforma aos 65 anos.
O documento de 14 páginas intitulado "Medidas Urgentes - Síntese das Prioridades da Política Reivindicativa para 2022", entregue a António Costa defende a necessidade de "dar resposta aos problemas concretos sentidos pelos trabalhadores e à necessidade de desenvolvimento do país".
Segundo a central sindical, são "medidas necessárias e urgentes que conduzem ao aumento geral dos salários, a uma regulamentação e redução do tempo de trabalho e que combatem a precariedade, com a revogação das normas gravosas da legislação laboral e a promoção da contratação coletiva.
Considerando que "o aumento geral dos salários é uma emergência que não pode continuar adiada", a CGTP exige um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores, um salário mínimo nacional de 850 euros a curto prazo, um horário semanal de trabalho de 35 horas para todos, a melhoria do pagamento do trabalho aos domingos e feriados e do trabalho suplementar e a erradicação da precariedade laboral.
A reposição da idade de reforma nos 65 anos e a reforma sem penalizações para quem tem uma carreira contributiva de 40 anos, um sistema fiscal mais justo e o combate à fuga e fraude fiscal são outras das reivindicações apresentadas.
No documento, a CGTP apresenta também medidas para resolver os problemas existentes na área da intervenção sindical, para ultrapassar as limitações e constrangimentos que se tornaram comuns e critica as medidas apresentadas pelo governo anterior no âmbito da "Agenda para o trabalho digno".
A Intersindical apresenta ainda uma terceira componente de medidas relacionadas com a valorização dos serviços públicos e funções sociais do Estado, defendendo que o Estado deve ter um papel dinamizador da economia e promotor da coesão social e territorial.