Os Estados Unidos aguardam novos ataques no Iraque por parte de paramilitares aliados do Irão, de que "se arrependerão", anunciou esta quinta-feira o chefe do Pentágono, Mark Esper, após o ataque à embaixada dos Estados Unidos em Bagdad.
"Desde há meses, que existem provocações", realçou secretário de Estado Defesa norte-americano à imprensa. "Acho que vão fazer alguma coisa? Sim. E provavelmente vão arrepender-se", afirmou Esper, que acrescentou: “Estamos prontos para nos defender e estamos prontos para impedir novos comportamentos prejudiciais desses grupos, todos apoiados, liderados e financiados pelo Irão".
Se os EUA tiverem conhecimento de novos ataques em preparação adotarão “medidas preventivas para proteger as forças americanas", disse ainda o chefe do Pentágono.
Na terça-feira, milhares de manifestantes atacaram a embaixada dos Estados Unidos em Bagdad, queimando bandeiras, derrubando câmaras de vigilância e gritando "morte à América", após ataques mortais norte-americanos a um grupo armado iraquiano pró-iraniano.
Face ao ataque, unidades iraquianas de elite foram destacadas hoje para reforçar a segurança da embaixada dos EUA, que suspendeu as suas atividades consulares até novo aviso. Uma dezena de veículos blindados das unidades iraquianas de elite contraterrorismo passaram a controlar as ruas que conduzem à embaixada e defronte da chancelaria, segundo um correspondente no local da agência de notícias France-Presse.
No passado dia 27 de dezembro, um ataque com mais de 30 foguetes contra a base militar K1, em Kirkuk, no norte do Iraque causou a morte de um funcionário contratado independente norte-americano e deixou vários feridos entre os militares dos Estados Unidos e do Iraque que estavam nas instalações.
O Pentágono acredita que a milícia xiita Kata'ib Hizbulá (KH) é responsável pelos ataques que, desde meados de outubro, visam bases militares e instalações governamentais onde se encontra pessoal norte-americano que apoia o exército iraquiano.
Em resposta à primeira baixa norte-americana, o Pentágono anunciou no domingo que os Estados Unidos realizaram "ataques defensivos" no Iraque e na Síria contra o KH, matando pelo menos 25 pessoas, segundo as milícias pró governamentais da Multidão Popular, movimento composto principalmente por xiitas.