Portugal adquiriu um milhão de testes rápidos antigénio para a Covid-19, opção que catapulta o país para a “linha da frente” do combate à pandemia ao nível europeu, garantiu Fernando Almeida, Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), em declarações na conferência de imprensa desta quarta-feira. “Portugal acompanha tudo o que se faz a nível europeu”, frisou.
Segundo Fernando Almeida, “alguns países já utilizam estes testes de uma forma não regular, mas em forma de projetos. Outros já os utilizam sobretudo em diagnóstico normal, mas em contextos de surtos”.
Ora, o Ministério da Saúde português seguirá a linha do segundo grupo de países, apontou o presidente do INSA. Os testes antigénio serão utilizados em caso de suspeitas de surto em escolas, lares e outras instituições.
Fernando Almeida alertou, porém, que há diversas questões por esclarecer sobre os testes antigénio.
“A evolução destes testes de antigénio tem de ter reconhecimento da sua qualidade, sobretudo em dois aspetos principais: o teste da sensibilidade e da especificidade, e a sua utilização, e os critérios clínicos e epidemiológicos que devem estar na base da utilização destes”, disse.
Os testes rápidos vão passar a ser usados – no controlo de surtos – já a partir de 9 de novembro. A compra de testes beneficiou de um financiamento europeu através da Cruz Vermelha.
De acordo com Fernando Almeida, o INSA vai assinar, em breve, dois protocolos com a Cruz Vermelha Portuguesa: um sobre o fornecimento de testes rápidos antigénios, outro sobre a cedência de unidades móveis que podem ser uma “ajuda preciosa para quem deles precisa”.