O Ministério do Ambiente vai disponibilizar 1,1 milhões de euros para recuperar as linhas de água afetadas pelo incêndio de Monchique, de forma a minimizar os efeitos de cheias e inundações.
"São intervenções de engenharia natural para recuperar as linhas de água atingidas pelo incêndio nos concelhos de Monchique, Silves e de Portimão", disse aos jornalistas o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, após a assinatura do protocolo com as autarquias de Monchique, de Silves e de Portimão, e que permite o início imediato das intervenções.
Na cerimónia que decorreu no edifício dos Paços do Concelho de Monchique, no distrito de Faro, o governante frisou que "com este protocolo, no valor de 1,1ME, as intervenções podem iniciar-se desde já e podem estender-se pelo prazo de um ano, assumindo o Ministério do Ambiente a responsabilidade financeira, ainda que possa variar ligeiramente em torno do valor que está fixado".
"Dentro de um mês, quando está tivermos os valores rigorosos, aí sim, assinar-se-á um contrato com cada uma das autarquias e o Fundo Ambiental e, de imediato, na sequência dessa assinatura, metade do dinheiro será imediatamente disponibilizado às autarquias", destacou o ministro.
João Pedro Matos Fernandes deslocou-se esta segunda-feira a Monchique, juntamente com o ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, e com os secretários de Estado da Habitação e do Ambiente.
Os membros do Governo seguem depois para o concelho de Silves, onde vão visitar o Centro de Reprodução de Linces Ibéricos, em Odelouca, um dos equipamentos afetados pelo incêndio que deflagrou em Monchique no dia 03 de agosto e que se prolongou durante 10 dias, afetando ainda os concelhos de Silves e de Portimão (Algarve) e, com menor intensidade, o concelho de Odemira (Alentejo).