A Liga dos Bombeiros reúne-se este fim de semana em congresso. Estes profissionais pedem um estatuto do bombeiro adequado, a sustentabilidade financeira das corporações e um Governo que passe das palavras aos atos. Quem o diz é o responsável da Liga, António Nunes, em declarações à Renascença.
A lista de problemas está identificada. O "financiamento das associações humanitárias dos bombeiros voluntários" talvez seja o "tema principal", assegura, salientando, no entanto, que também se falará "da questão do respeito" que exigem. "Precisamos de um estatuto de bombeiro voluntário adequado, um estatuto de dirigente associativo", acrescenta.
António Nunes também não esquece a luta pelo "comando nacional e organização dos bombeiros", relembrando que "os bombeiros são o único agente de Proteção Civil que não tem um comando estruturado, como tem a PSP ou a GNR".
O responsável da Liga diz que o rumo destes profissionais tem de ter uma "definição muito clara", tanto no que diz respeito ao financiamento, como na organização porque "isso é fundamental" para continuarem "a manter a prestação de socorro" que executam "há mais de 600 anos às populações", "integrados nas populações". António Nunes recorda que os bombeiros voluntários "provêm das suas próprias comunidades" e que isso lhes faz querer ainda mais "ter a certeza" que têm a "capacidade necessária" para "poder continuar a prestar o serviço aos cidadãos que sempre" prestaram pois, sem eles, os cidadãos "ficarão, naturalmente, desprotegidos".
O Congresso extraordinário vai decorrer em Gondomar e conta com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e dos ministros da Administração Interna, José Luís Carneiro, e da Saúde, Manuel Pizarro.
[Notícia atualizada às 09h19 de 11 de março de 2023]