O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deverá ser alvo de um processo de destituição no Congresso dos Estados Unidos.
O anunciou foi feito esta terça-feira pelo presidente da Câmara dos Representantes e também líder do grupo de deputados republicanos, Kevin McCarthy.
"Solicito a uma comissão da Câmara para abrir um inquérito formal de destituição", afirmou.
Em causa, diz McCarthy, estão alegações de que o Presidente mentiu ao Congresso e lucrou diretamente com os negócios do seu filho, Hunter Biden, no estrangeiro, nomeadamente na Ucrânia.
As acusações podem configurar “abuso de poder, obstrução e corrupção".
Segundo McCarthy, os elementos recolhidos até à data são considerados “sérios e credíveis”. "Juntas, essas denúncias pintam um quadro de uma cultura de corrupção", declarou.
Contudo, segundo alguns órgãos noticiosos americanos, em causa poderá estar a crescente pressão da ala direita do partido, patrocinada por Donald Trump, para que o procedimento avance a todo o custo, sob pena de McCarthy ser destituído do seu cargo. O objetivo é beneficiar Trump nas eleições de 2024.
Desde que assumiram o controlo da Câmara, depois das eleições de novembro de 2022, os republicanos têm estado a investigar o Presidente Biden.
As audiências não encontraram evidências concretas de má conduta de Biden, diz a BBC, mas puseram em evidência as atividades do filho do Presidente, Hunter Biden, que os republicanos consideram questionáveis.
O filho do Presidente está atualmente sob investigação federal por possíveis crimes fiscais relacionados com os seus negócios no estrangeiro.
Para o processo avançar basta ser aprovado por maioria simples na votação da Câmara dos Representantes. Aí os republicanos têm maioria e tudo indica que não haverá dificuldade em ratificar a moção.
O julgamento do caso, no entanto, é feito na Câmara alta, o Senado. Aí é necessária a aprovação de uma maioria de dois terços, órgão onde os democratas detém praticamente metade dos representantes.