Nice. Terrorista escreve SMS a dizer: “Leva mais armas”
17-07-2016 - 15:27

"El País" revela nova pista da investigação ao atentado de Nice que matou 84 pessoas durante as comemorações do dia da Bastilha.


A investigação ao atentado de Nice tem uma nova pista, adianta o jornal espanhol El País. É uma SMS que foi enviada pelo terrorista que matou 84 pessoas no sul de França, na quinta-feira passada.

“Leva mais armas, fá-lo em 5 [supõe-se que sejam cinco minutos]”. A mensagem escrita terá sido enviada quinze minutos antes do atentado durante as festividades do dia da Bastilha, em França, confirmou o jornal espanhol junto de fonte da investigação.

O destinatário da SMS foi identificado como Choukri, amigo do terrorista, e está preso desde sábado de manhã.

A mensagem foi escrita do telemóvel de Mohamed Lahouaiej Bouhlel que os agentes policiais encontraram no camião conduzido pelo franco-tunisino, depois de o terem abatido a tiro.

Este amigo de Mohamed fazia parte do seu círculo mais próximo com quem realizava alguns pequenos delitos.

Choukri foi detido no sábado com outros três amigos de Mohamed, sendo que um deles informou a polícia que o franco-tunisino se havia radicalizado nas últimas semanas.

As fontes do El País dizem que apesar de as detenções se terem efectuado devido à suspeita de que o terrorista tivesse cúmplices na preparação do atentado, os investigadores pensam que estes cinco elementos não formavam uma célula jihadista e que não se dedicavam ao terrorismo, mas apenas a pequenos crimes.

Estado Islâmico reivindicou

A organização jihadista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado de Nice que matou 84 pessoas e feriu mais de 200.

Na agência de notícias Aqmad, apoiante do Estado Islâmico, revela que a pessoa que levou a cabo a operação no sul de França “é um dos soldados do Estado Islâmico”.

“Esta operação é uma resposta a todos os países que formam a coligação que combate o Estado Islâmico”, revela a mesma fonte.

O Governo francês acredita que o terrorista não era um religioso praticante e que teve um processo de radicalização muito rápido, provavelmente através da Internet.