"A TAP tem vitalidade quando é bem gerida e quando não tem interferência política". É desta forma que o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) reage, esta terça-feira, aos resultados da companhia aérea, que nos primeiros nove meses do ano registou mais de 200 milhões de euros de lucro.
À Renascença, Tiago Faria Lopes diz que os dados são "a prova de que a TAP pode ter bons resultados e bons salários e ser uma das companhias mais lucrativas da Europa".
O presidente do SPAC considera, por isso, prematuro avançar com um processo de reprivatização, "porque a TAP está a sair dos valores negativos e tem ainda o plano de reestruturação vigente".
"Este ano, sem cortes salariais, já com praticamente todos os acordos resolvidos e com a dinâmica desta administração, a TAP está a conseguir atingir estes números históricos", realça o responsável.
Tiago Faria Lopes defende que a companhia aérea "tem de ser privatizada na sua gestão e o Governo poderá ter capital, mas numa forma de fiscalização".
Esta terça-feira, a companhia aérea anunciou lucros de 203,5 milhões de euros até setembro, contra o prejuízo de quase 91 milhões de euros registado no mesmo período do ano passado.