Há quase uma semana era apresentado o plano do Governo para a comunicação social que deixou várias dúvidas ao sector, principalmente aos trabalhadores da RTP.
De acordo com a secretaria-geral do Sindicato dos Meios Audiovisuais, Clarice santos, ficaram dúvidas não só sobre o fim da publicidade, mas também com as pré-reformas voluntárias.
A dirigente sindical diz, esta segunda-feira, que era sabido pelo Conselho de Administração da RTP que haveria 80 rescisões por mútuo acordo, no entanto, as 250 anunciadas pelo executivo surpreenderam os profissionais.
Clarice Santos sublinha que o problema não vai ser "a saída de 250 trabalhadores e a entrada de 125", mas antes a preocupação de perceber "como é que o Governo está a construir a casa" que na opinião do sindicato parece que o executivo "está a iniciá-la pelo telhado".
O sindicato vai ser recebido esta semana por vários grupos parlamentares. Esta segunda feira foi ouvido pelo PCP, à margem das Jornadas Parlamentares do partido.
Para Clarice Santos o plano de reestruturação da RTP deve ser alvo de discussão parlamentar.
"O Senhor Primeiro-Ministro tão transparente, tão leal, tem que perceber que estas questões estruturais das empresas têm que ter uma discussão parlamentar", diz.
A secretária geral do Sindicato dos Meios Audiovisuais espera que o projeto seja travado "não só pela esquerda, mas também pela outra direita".