Tiago Brandão Rodrigues. “Missão da educação é sempre inacabada e a de um ministro também"
12-09-2018 - 20:48

Em direto na Renascença, o ministro falou sobre a gratuitidade dos manuais, as reivindicações dos professores e ainda respondeu a questões dos ouvintes.

A missão da Educação é sempre inacabada e a de um ministro também. A garantia foi deixada por Tiago Brandão Rodrigues em entrevista à Renascença.

“Tenho um compromisso com o senhor primeiro-ministro de ser ministro da Educação durante quatro anos. os compromissos para uma próxima legislatura assumem-se com o eleitorado e é com o eleitorado que assumimos esse compromisso de ir a votos para podermos entender o que Portugal quer. A missão da educação é sempre inacabada e a de um ministro também, naturalmente”, disse.

Em direto na Renascença, o governante acrescentou que “existem coisas verdadeiramente basilares quando cumprimos uma legislatura em quatro anos: pensar um conjunto de políticas públicas que estão inscritas num programa de Governo – que é referendado na Assembleia da República – mas depois de forma importante poder começar a construir e este ano é ano de consolidar muitas destas políticas públicas”.

Tiago Brandão Rodrigues aproveitou precisamente para falar sobre uma das medidas tomadas no seu executivo: a gratuitidade dos manuais.

“A gratuitidade dos manuais escolares é algo conseguimos implementar desde 2016/17 e este ano alargamos a seis anos de escolaridade. São 500 mil alunos que veem restituídos rendimentos porque é o Estado que está a arcar com esse dinheiro.

O ministro lembra que foram feitas opções: “Não havendo orçamento para poder dar a todos os alunos, entendemos que a gratuitidade dos manuais escolares tinha de começar pela escola pública e pelas turmas de contratos de associação”.

Questionado sobre a possibilidade de retomar as negociações sobre a contagem do tempo de serviço dos professores, o ministro da Educação garante que só tem uma certeza: os docentes farão tudo para cumprir integralmente os seus projetos pedagógicos.

“Só quem não entende o trabalho dos nossos docentes nas nossas escolas é que pode pôr em cima da mesa que todos os docentes no nosso país não tenham profissionalismo, a sobriedade e lucidez para entenderem que, por um lado, estão as suas reivindicações sindicais – que eles entendem como justas e é importante que lutem por elas – mas por outro lado está o trabalho pedagógico feito nas suas comunidades educativas. Tenho a certeza que os docentes do nosso país, as comunidades educativas, farão tudo para cumprir integralmente os seus projetos pedagógicos. Essa é a certeza que temos”.