As Forças Armadas desmentem a notícia do “Expresso” e negam que haja qualquer relatório dos serviços de informação militares sobre Tancos.
Em comunicado enviado à Renascença, o porta-voz das Forças Armadas, o Tenente-Coronel Hélder Perdigão, garante que o Centro de Informações e Segurança Militar não produziu relatório.
O Expresso adiantava que o alegado relatório dava conta de três cenários muito prováveis para o assalto ao paiol de Tancos.
O documento apontaria para o tráfico de armamento para África, ou um assalto promovido por mercenários portugueses contratados. Há ainda a possibilidade do furto de armas ter como destino os jihadistas islâmicos do auto-proclamando Estado Islâmico.
No relatório divulgado pelo Expresso, mas cuja elaboração data de Julho, a acção do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, é classificada como “ de grande ligeireza, quase imprudente”, sendo-lhe apontadas “declarações arriscadas e de intenções duvidosas” e uma “atitude de arrogância cínica “na condução de todo o processo.
Entretanto, o "Expresso" reafirmou que o relatório existe e que em momento algum atribui ou atribuiu o documento a que teve acesso ao Centro de Informações e Segurança Militar (CISMIL), mas sim a serviços de informações militares.
O documento, de 63 páginas e que o "Expresso" tem na sua posse, foi elaborado, tal como se escreveu, para conhecimento da Unidade Nacional de Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária e do Serviço de Informações de Segurança (SIS).
O documento, cuja credibilidade foi confirmada pelo "Expresso" junto de várias fontes, contém informação de cariz militar e também ao nível da segurança interna. As fontes humanas citadas pelo relatório são militares no ativo e também na reserva.