Maria Luís Albuquerque ​rejeita “banco mau” à Italiana
18-05-2016 - 00:47
 • Raquel Abecasis

Em entrevista à Renascença, a antiga ministra das Finanças e actual vice-presidente do PSD diz que compreende a preocupação com a concentração bancária em mãos espanholas, mas acha que é mais importante não afastar investidores.

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A criação de um “banco mau” para acomodar os activos tóxicos do sector financeiro português não é uma boa solução, defende a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença.

A vice-presidente do PSD diz que compreende a preocupação com a concentração bancária em mãos espanholas, mas acha que é mais importante não afastar investidores.

“Admito que uma intervenção política possa afastar um determinado interesse. Só não percebo muito bem por que mecanismo é que faz surgir um outro interesse que o substitua, ou seja, onde é que nós vamos buscar esses outros investidores, se não queremos os de uma determinada origem, espanhóis ou outros, quais são os outros que vamos buscar? Tenho alguma dificuldade em perceber qual é a actuação política que garante esse resultado.”

A deputada social-democrata diz ainda nesta entrevista que a nacionalização do Novo Banco é uma péssima solução.

“Primeiro porque já temos um banco público, depois porque, com a nacionalização, perdemos o dinheiro que emprestámos, porque passa a ser uma responsabilidade do Estado, logo onera os contribuintes, e o Estado assume as responsabilidades das necessidades de capitais ao tornar-se dono do banco", argumenta a antiga ministra das Finanças.