A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, foi este domingo interpelada por manifestantes que exigiam entrar para dar nota das suas reivindicações na festa de 50.º aniversário do PS, que decorre no Palácio de Cristal, no Porto.
O encontro deu-se na porta lateral do Palácio de Cristal onde alguns manifestantes do movimento "Juntos por Portugal", que organizou uma marcha de protesto que juntou vários setores, está concentrado para tentar chegar à fala com dirigentes socialistas.
À pergunta "porque é que nós não podemos entrar se estamos em democracia?" de uma das pessoas que a interpelou, Ana Catarina Mendes disse "tem direito a manifestar-se graças à democracia".
A ministra entrou nos jardins do Palácio de Cristal e percorreu os cerca de 200 metros sempre "debaixo" das perguntas dos manifestantes e junto das câmara e microfones dos jornalistas, mas não deu mais explicações além de que "as pessoas podem e têm o direito de se manifestar".
À Lusa, depois de Ana Catarina ter entrado, uma das pessoas que a interpelou, a professora Aurora Leal disse que "os professores não estão a ser ouvidos apesar de estarem todos os dias na rua".
"Estamos num país democrático. Estamos a adormecer em democracia e vamos acordar em ditadura", disse a professora.
Milhares de pessoas de vários setores, da educação ao alojamento local, passando pela justiça, manifestam-se hoje no Porto por ocasião da festa e 50.º aniversário do partido Socialista Português.
No interior do Pavilhão Rosa Mota são esperadas várias intervenções de dirigentes socialistas, entre os quais o secretário-geral do PS e primeiro-ministro de Portugal, António Costa.