“Está a ser deixada de ser distribuída alimentação a muitas famílias” carenciadas de Cabo Delgado, em Moçambique, devido a dificuldades financeiras no Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas. O alerta é de Carlos Almeida, coordenador de projetos da Helpo naquele país africano.
O responsável por esta organização não-governamental para o desenvolvimento (ONGD) portuguesa, que se dedica a ajudar crianças em Moçambique e São Tomé de Príncipe, revela que o PAM confronta-se com a falta de fundos, o que já está a ter reflexos na ajuda aos mais necessitados na região de Cabo Delgado.
Carlos Almeida afirma, em declarações à Renascença a partir de Pemba, em Cabo Delgado, que “as ajudas estão a começar a escassear” e que “está a ser deixada de ser distribuída alimentação para muitas destas famílias, o que está a causar grandes transtornos”.
O responsável revela, por outro lado, que “essa escassez tem a ver com a falta de fundos das agências das Nações Unidas, o que tem reflexos ao nível do Programa Alimentar Mundial que se está a deparar com falta de fundos e, por isso, as distribuições não estar a chegar para dar resposta às necessidades das populações”.
Carlos Almeida diz que “a Helpo, que dá ajuda a muitas populações, sente muito isso”. “Nós damos uma ajuda que é proporcional àquilo que conseguimos recolher e sentimos que, quando fazemos chegar a alguns nichos da população que conseguimos atingir, verificamos que à volta há milhares e milhares de pessoas que não conseguem ter ajuda nenhuma e há pessoas que neste momento estão a passar muito mal”, reforça.
Presentes Solidários. “Este Natal ofereça um presente fora da caixa”
A juntar a esta dificuldade, o facto de Moçambique viver um período de seca, e “neste momento ninguém consegue cultivar nada, até que venham as primeiras chuvas que começam agora”.
Carlos Almeida refere que “ainda vai levar muito tempo até que as famílias voltem a ter a possibilidade de ter na agricultura um sustentáculo”.
Estes são fatores acrescidos de dificuldade, numa região com mais de 800 mil deslocados, por força da ação de movimentos terroristas em Cabo Delgado.
É neste cenário que a Helpo volta a disponibilizar “Presentes Solidários” que permitem apoiar milhares de crianças em Moçambique e em São Tomé e Príncipe. A partir de 10 euros, é possível adquirir uma das cinco Pulseiras Solidárias, que se traduzem em ações concretas nas comunidades onde a Helpo intervém.
Com o mote “Este Natal, ofereça um presente fora da caixa”, a iniciativa visa permitir que "milhares de crianças, grávidas e lactantes de comunidades carenciadas recebam ajuda nas áreas da nutrição e da educação; e que o Natal de quem oferece e de quem recebe estas pulseiras seja, de facto, mais solidário, mais generoso e partilhado com quem mais necessita".
Pelo terceiro ano consecutivo, a Helpo possibilita a aquisição de coloridas Pulseiras Solidárias, que "incorporam um Qr Code, que permite aos presenteados o acesso exclusivo a uma página de internet com informação acerca do desenvolvimento da ação no terreno".
E para tornar este presente ainda mais “fora da caixa”, as Pulseiras Solidárias deste Natal vêm numa caixa de cartão personalizada da Helpo.
Os Presentes Solidários podem ser adquiridos através do site Presentes Solidários e, de acordo com a Helpo, cada uma das cinco Pulseiras Solidárias corresponde a um apoio no terreno.