O Rei emérito de Espanha, Juan Carlos I, formalizou esta segunda-feira, em carta enviada ao filho, o rei Filipe VI, a decisão de se exilar, abandonado Espanha, onde o antigo monarca é fortemente acossado por diversos crimes de natureza fiscal.
“Guiado pela convicção de prestar o melhor serviço aos espanhóis, às suas instituições e a ti como rei, comunico-te [Filipe VI] a minha ponderada decisão de me trasladar para fora de Espanha”, refere Juan Carlos I na missiva enviada para o Palácio da Zarzuela e que o jornal ABC reproduz na integra.
Ainda segundo Juan Carlos, “e perante a repercussão pública que estão a gerar certos acontecimentos passados da minha vida privada”, o afastamento tem por intenção “contribuir para que se torne mais fácil o exercício das funções” de Filipe VI, a quem pretende dar “o sossego e tranquilidade que a sua alta responsabilidade requer”.
“O meu legado, a minha própria dignidade enquanto pessoa, assim mo exigem”, justifica o rei emérito a decisão de se “trasladar”.
Por sua vez, e reagindo em comunicado à decisão, a Casa Real elogiou o reinado (até 2014) de Juan Carlos I, sublinhando “a importância que representa, como legado e obra política e institucional de serviço a Espanha e à democracia”.