Lionel Messi garante que não lhe pediram que jogasse de graça pelo Barcelona e critica o atual presidente do clube, Joan Laporta.
O internacional argentino rumou ao Paris Saint-Germain a custo zero, este verão, após terminar contrato com o Barcelona, num longo processo que terminou com a conclusão de que os catalães não tinham dinheiro para mantê-lo. Em entrevista à rádio "RAC1", Laporta admitiu que chegou a ter "a esperança de que à última hora Messi dissesse que jogaria de bola". "Mas isso não lhe podíamos dizer", sublinhou então.
Numa entrevista ao jornal "Sport", publicada esta terça-feira, Messi classificou as palavras do presidente como "inapropriadas".
"Como expliquei quando saí, fiz o possível para ficar. Nunca ninguém me pediu para jogar de borla. Pediram-me para baixar o meu salário em 50% e aceitei, sem problema. Queria ajudar o clube. A vontade e o desejo que eu e a minha família tínhamos era de ficar em Barcelona. Parece-me que essas palavras do presidente não são adequadas. Doeu-me porque penso que não tinha necessidade de o dizer. Isto gera uma série de dúvidas na cabeça das pessoas e eu penso que não o mereço", disse o avançado.
Messi, o diretor desportivo
Messi representa, agora, o PSG, com que assinou contrato até 2023. No entanto, garante que o objetivo, a médio ou longo prazo, é regressar a Barcelona, a única cidade onde se vê a "viver em definitivo".
Tendo já 34 anos de idade, o mais provável é que, a concretizar-se, Messi volte ao Barcelona como dirigente e não como jogador. Há um cargo com que o argentino sonha, seja no clube catalão ou noutro lugar.
"Sempre disse que adoraria ajudar o clube no que possa ser útil, de forma a que esteja bem. Adoraria ser, um dia, diretor desportivo. Não sei se irá acontecer ou não, se será no Barcelona ou não", reconheceu.