No balanço feito esta manhã do fogo de Monchique, a Proteção Civil descreve um "incêndio complexo", ainda sem controlo, que chegou a atingir Portimão. Condições obrigam a "cada momento a ajustar o plano estratégico de ação".
Face a este cenário, o Comandante Distrital de Faro, Vitor Vaz Pinto, pede à população para "seguir religiosamente as orientações das autoridades".
O incêndio que lavra desde sexta-feira em Monchique está a ser combatido por mais de 1.200 operacionais, apoiados por 19 meios aéreos e 375 viaturas.
Desde sexta-feira foram assistidas 79 pessoas, registados 29 feridos leves e um grave.
A previsão meteorológica permanece desfavorável. Estão previstos ventos com rajadas fortes e temperatura a rondar os 35 graus.
O mesmo responsável revelou que a “noite foi extremamente ativa com várias reativações”, devido ao vento forte que se fez sentir partir das 00h00.
“O esforço foi para salvaguarda das pessoas”, sublinha Vitor Vaz Pinto, acrescentando que durante a noite foram deslocadas para zona segura mais de 250 pessoas.
Para o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, a prioridade é combater as chamas e proteger vidas.
O governante também alertou para o facto de ser necessário respeitar as “orientações da autoridade, nomeadamente os que estão a procurar retirar, atempadamente, as pessoas das zonas de risco”.
EDP cortou eletricidade por segurança
A EDP teve de cortar o abastecimento nalgumas localidades na zona do fogo de Monchique por questões de segurança e abasteceu de madrugada outras localidades com geradores.
De acordo com a diretora de comunicação da EDP Distribuição, Fernanda Bonifácio, houve zonas em que o abastecimento de eletricidade foi cortado por questões de segurança "e a pedido da Proteção Civil", nomeadamente Fóia e Caldas de Monchique, distrito de Faro.
A mesma responsável adiantou ainda à agência Lusa que há zonas sem abastecimento porque houve estruturas que ficaram destruídas pelo fogo, tendo a EDP colocado geradores nalgumas vilas durante a madrugada.