Uma declaração dos líderes da NATO de que o caminho da Ucrânia para a Aliança Atlântica é “irreversível” mostra que a organização está empenhada em que Kiev se junte às suas fileiras, disse esta quarta-feira o secretário-geral da NATO cessante, Jens Stoltenberg.
Na cimeira que decorre em Washington, nos Estados Unidos, Stoltenberg deixa uma forte mensagem de apoio à Ucrânia e um aviso ao Presidente russo, Vladimir Putin.
Adesão da Ucrânia à NATO "não é uma questão de se, é uma questão de quando", sublinha.
"Esta é uma mensagem forte dos aliados da NATO de que queremos realmente a adesão da Ucrânia, de que estamos a trabalhar com a Ucrânia para que isso aconteça", sublinhou o secretário-geral.
A Aliança Atlântica tenciona apoiar a Ucrânia com, pelo menos, 40 mil milhões de euros em ajuda militar, no próximo ano, refere um comunicado.
O documento também apontam o dedo à China, considerando que Pequim é um "facilitador decisivo" do esforço de guerra da Rússia na Ucrânia e que continua a colocar desafios sistémicos à segurança euro-atlântica.
Noutra conclusão da cimeira que termina na sexta-feira, os Estados Unidos vão começar a enviar mísseis de longo alcance para a Alemanha, em 2026, uma medida destinada a responder à ameaça russa sobre a Europa.
Por seu lado, o primeiro-ministro português anunciou, esta quarta-feira, um aumento de 95 milhões de euros ao apoio de Portugal à Ucrânia. Luís Montenegro está em Washington D.C., capital dos Estados Unidos da América, para a 75.ª cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Luís Montenegro lembrou o acordo de cooperação militar assinado com a Ucrânia durante a visita de Volodymyr Zelesnky a Portugal, no final de maio, e afirmou que o país vai “acrescentar ainda este ano 95 milhões de euros aos 126 que estavam precisamente previstos nesse texto”.