O PSD manifestou apoio, "sem ambiguidade", ao ataque a alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria, mas defendeu "a maior prudência", para evitar uma escalada de violência na região.
"O PSD apoia sem ambiguidade a iniciativa (...), que vai no sentido de deixar claro que o uso de armas químicas é uma linha vermelha que não pode ser ultrapassada sem uma resposta que dissuada o Estado infrator de repetir esse tipo de prática", lê-se no comunicado assinado por Tiago Moreira de Sá, presidente da Comissão de Relações Internacionais do PSD.
Sublinhando condenar "veementemente os ataques químicos contra civis", o PSD referiu entender que "esta solução política só podia ser desencadeada por uma ação assertiva e determinada de Estados que, como Portugal, respeitam as normas, regras, leis e instituições da ordem internacional".
O PSD apoia, assim, a execução de bombardeamentos pelos Estados Unidos, Reino Unido e França, com "caráter punitivo", que servem para demonstrar ao regime sírio que a "violação sistemática do direito e das regras básicas da ordem internacional através do uso de armas químicas contra a população civil é inaceitável".
Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram hoje de madrugada uma série de ataques com mísseis contra três alvos na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco.
A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.
Apesar do ataque da madrugada de hoje, peritos da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) mantêm a intenção de iniciar hoje uma investigação sobre o alegado ataque com armas químicas contra a cidade rebelde de Douma, em Ghuta Oriental, ocorrido no dia 7 de abril e que terá provocado dezenas de mortos e afetado 500 pessoas.