O juiz Brett Kavanaugh foi investido esta segunda-feira, na Casa Branca, como membro do Supremo Tribunal dos Estados Unidos.
Na cerimónia, Donald Trump mencionou o “sofrimento terrível” por que terá passado o juiz conservador, acusado de agressão sexual na sua juventude.
“Em nome da nossa nação, desejo apresentar desculpas a Brett e ao conjunto da família Kavanaugh, pela dor e pelo sofrimento terríveis que vocês foram obrigados a suportar”, declarou o Presidente norte-americano, na Casa Branca, antes do juramento do juiz, de 53 anos, confirmado no sábado pelo Senado, depois de uma intensa luta política.
Trump declarou também que Kavanaugh tinha sido “apanhado numa falsificação montada pelos democratas”, considerando que as alegações de má conduta sexual contra o juiz “foram todas falsificadas, [o caso foi] fabricado e é uma desgraça”.
A escolha do conservador foi muito polémica, nomeadamente por ser acusado de abuso sexual de várias mulheres, incluindo uma professora universitária californiana, que testemunhou sob juramento que ele a tentou atacar durante uma festa de liceu há décadas. Kavanaugh negou as alegações.
O Presidente dos EUA chegou a declarar que considerava credível o testemunho daquela professora, tendo posteriormente escarnecido o depoimento desta.
Kavanaugh não guarda amarguras
Já Brett Kavanaugh reconheceu que todo o processo foi “contencioso e emocional”, mas garantiu que não tem “nenhuma amargura”.
O juiz, com o Presidente norte-americano, Donald Trump, a seu lado, disse ainda que os quatro funcionários que vão trabalhar para si no Supremo Tribunal são mulheres.
Kavanaugh afirmou ainda que o Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América “não é uma instituição política ou partidária”, garantindo que vai ser “sempre um jogador de equipa numa equipa de nove”.