Bruno Costa Carvalho revelou, esta segunda-feira, que não será candidato à presidência do Benfica, nas eleições marcadas para 9 de outubro.
No Facebook, o candidato derrotado em 2009 por Luís Filipe Vieira, que se demitiu após ter sido constituído arguido no processo "cartão vermelho", explica: "Evidentemente que não serei candidato. A resposta tem tanto de óbvio como de triste: apesar de ter, de longe, o melhor projcto para o Benfica, não serei candidato porque não me deixam. Ponto."
Os estatutos do Benfica definem que um candidato à presidência deve ter, pelo menos, 25 anos de sócio. Bruno Costa Carvalho, que considera a norma "inconstitucional", tem 19, o que já levou a Mesa da Assembleia Geral (AG) encarnada a rejeitar a sua candidatura nas eleições de 2020.
"Esses 25 anos [de sócio] exigidos obrigam alguém a ter pelo menos 43 anos [de idade] para poder ser presidente do Benfica, quando para se ser Presidente da República basta ter 35 [anos de idade], ao mesmo que tempo a regra dos 25 anos [de sócio] limita a 5 ou 10% o número de sócios que podem candidatar-se, o que é um absurdo", defende.
Esperar seis anos para nova candidatura
Apesar de acreditar que a sua candidatura voltaria a ser recusada, Bruno Costa Carvalho tinha vontade de voltar a concorrer: "Eu queria disputar estas eleições. Eu queria um debate sério e profundo no Benfica."
Embora esteja fora da corrida, Costa Carvalho garante que continuará "atento, vigilante e participativo" e que, um dia, quando tiver completado os 25 anos de sócio exigidos, apresentar-se-á de novo a eleições: "Se estou na oposição desde 2008, não são mais seis anos que me abalarão."
O Benfica vai a eleições a 9 de outubro. Os órgãos sociais do clube anunciaram a demissão em bloco, a 1 de setembro, passada quarta-feira, para permitir a realização do sufrágio, cumprindo a promessa feita por Rui Costa quando assumiu o cargo de presidente interino.