A Meta, empresa-mãe do Facebook, e o Youtube, a plataforma de vídeo do Google, disseram, nesta segunda-feira, que estão a remover os conteúdos que apoiam ou elogiam a invasão de edifícios do governo brasileiro por manifestantes antidemocráticos no fim-de-semana.
"Antes das eleições, designámos o Brasil como um local temporário de alto risco e temos vindo a retirar conteúdo que apela para que as pessoas peguem em armas ou invadam à força o Congresso, o palácio presidencial e outros edifícios federais", disse um porta-voz da Meta.
Além disso, “estamos também a designar isto como um evento violador, o que significa que removeremos conteúdos que apoiem ou elogiem estas ações", acrescentou, garantindo que "estamos a acompanhar ativamente a situação e continuaremos a remover conteúdos que violem as nossas políticas".
Já um porta-voz do YouTube disse à agência Reuters que a empresa está a "acompanhar de perto" os acontecimentos no país e que as plataformas de redes sociais receberam ordens para bloquear utilizadores que difundam propaganda antidemocrática.
"A nossa equipa de Confiança e Segurança está a remover conteúdos que violam as nossas diretrizes comunitárias, incluindo livestreams e vídeos incitando à violência", referiu o porta-voz do Youtube.
Recorde-se que dezenas de milhares de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro, vestidos com as cores da candidatura, invadiram as sedes dos três poderes do Brasil, nomeadamente, o palácio presidencial, o Congresso e o Supremo Tribunal, causando danos elevados.