Seis horas de voo separam Jacarta de Port Moresby, a capital da Papua Nova Guiné. Devido à diferença do fuso horário, quando o avião papal aterrar, pelas 18h50, já escureceu.
No aeroporto, Francisco será recebido com honras militares e a visita oficial estende-se até à próxima segunda-feira. Além da capital, Port Moresby, o Papa também visitará a cidade de Vanimo.
Neste pais, com 8 milhões e 300 mil habitantes, 30% da população é católica.
Conhecido pela sua biodiversidade e beleza da fauna e das florestas, a Papua Nova Guiné tem sofrido com as alterações climáticas e, sobretudo, com uma impiedosa exploração mineral. Nos últimos tempos, a presença de multinacionais trouxe um rápido crescimento económico, a par de graves problemas sociais e extrema pobreza.
Um terço da população vive hoje com menos de 1,25 dólares americanos por dia. E, em maio deste ano, o país sofreu pesados deslizamentos de terras. A agenda da ecologia integral estará certamente em destaque durante a visita.
A Igreja Católica, espalhada pelas várias ilhas, é uma igreja viva. João Paulo II visitou este país em 1995 e beatificou um catequista leigo e pai de família, Peter To Rot, torturado e assassinado por ódio à fé, durante a invasão japonesa na Segunda Guerra mundial.
Desde então, o número de batismos tem aumentado e a comunidade católica cresce, graças também à presença de muitos missionários no território.