Venezuela. Grupo de Contacto marca reunião para segunda-feira
01-05-2019 - 12:56
 • Renascença com Lusa

O anúncio é do ministro Augusto Santos Silva, que estará presente no encontro que terá lugar na Costa Rica. O objetivo é “trabalhar num processo de transição política” na Venezuela.

O ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou esta quarta-feira que vai representar o Governo português na reunião do Grupo de Contacto Internacional para a Venezuela, a decorrer na Costa Rica entre 6 e 7 de maio.

"Há uma nova reunião marcada ao nível ministerial para a Costa Rica na próxima segunda e na terça-feira e posso informar que o Governo português estará representado através de mim próprio, porque os acontecimentos de ontem [terça-feira] demonstram, mais uma vez, a necessidade de todos nós trabalharmos para facilitar um processo de solução política na Venezuela", afirmou Augusto Santos Silva.

O chefe da diplomacia portuguesa falava no Consulado-geral de Macau, numa conferência de imprensa de balanço da visita de Estado à China do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

"Também queria dizer que, do ponto de vista do Governo português, os acontecimentos de ontem [terça-feira] demonstram a necessidade de, nós, os europeus, e os latino-americanos, prosseguirmos o trabalho que vimos fazendo no quadro do Grupo de Contacto Internacional para a Venezuela", acrescentou.

Além de Portugal, integram esse grupo outros sete países europeus – Espanha, Itália, Reino Unido, Países Baixos, Alemanha, França e Suécia, além da União Europeia – e quatro países latino-americanos: Costa Rica, Equador, Uruguai e Bolívia.

Este Grupo de Contacto Internacional tem como objetivos "facilitar a ação humanitária, domínio no qual houve progressos efetivos nas últimas semanas" e "facilitar também o processo político conducente a novas eleições", referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Na conferência de imprensa, Augusto Santos Silva afirmou ainda que o Governo continua "sem notícia" de portugueses feridos ou de estabelecimentos seus danificados.

Renovou, depois, renovou o apelo para que "os detentores dos meios repressivos do Estado se absterem de exercer violência de qualquer espécie, designadamente contra pessoas que apenas exercem o seu direito ao protesto, à manifestação e à reunião".