O almirante Henrique Gouveia e Melo terá rejeitado ser reconduzido como Chefe do Estado-Maior da Armada, avançaram este sábado o Observador e a SIC Notícias.
O militar, que ficou conhecido dos portugueses quando foi chamado a coordenar o processo de vacinação durante a pandemia de covid-19, já terá comunicado ao Governo que não tenciona continuar na chefia da Marinha.
Gouveia e Melo não comenta a notícia, mas em declarações ao Observador diz que "o assunto já foi tratado há algum tempo com o Governo".
O ainda Chefe do Estado-Maior da Armada poderá estar a preparar a apresentação, em março do próximo ano, de uma candidatura às eleições presidenciais de 2026, adianta a SIC Notícias.
Contactado pela Renascença, Gouveia e Melo não se quis pronunciar sobre as notícias de que terá rejeitado continuar como chefe da Armada e que vai avançar com uma candidatura a Belém.
A notícia é conhecida na semana em que foram reveladas imagens de um encontro entre o Chefe do Estado-Maior da Armada e o ministro da Defesa, Nuno Melo, num bar de Lisboa.
Questionado pelos jornalistas, Nuno Melo desvalorizou o encontro informal que teve com o almirante Gouveia e Melo.
"É suposto que o ministro da Defesa tenha muitos assuntos a tratar com o chefe do Estado-Maior da Armada", respondeu Nuno Melo aos jornalistas.
A notícia do encontro informal entre Nuno Melo e Gouveia e Melo foi avançada pelo jornal Página Um, que fotografou o ministro e o Almirante desfardado, junto a um bar na zona do Campo Pequeno, em Lisboa.
O atual mandato de Gouveia e Melo como Chefe do Estado-Maior da Armada termina no final de dezembro. A recondução para estes cargos é indicada pelo Governo e nomeada pelo presidente da República.
O almirante tem vindo a garantir que não toma decisões sobre o seu futuro "com base em sondagens ou em outro processo" e garantiu que vai tomar a decisão de acordo com a sua consciência. Numa entrevista recente à RTP3, Gouveia e Melo recusou-se a "dizer não" à corrida a Belém em 2026 e rejeita limitar as suas liberdades cívicas nesta altura.
Vários nomes têm sido apontados a candidatos presidenciais. O antigo secretário-geral do PS António José Seguro admitiu esta semana que está a "ponderar" essa possibilidade e o antigo líder do PSD Marques Mendes já disse que tomará uma decisão algures no próximo ano.