Onze apoiantes do movimento ambientalista Climáximo começam esta segunda-feira a ser julgados em Lisboa pelo bloqueio da Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, em dezembro de 2023, acusados de "desobediência civil" e "interrupção das comunicações".
Os 11 ativistas em julgamento têm audiências marcadas até quarta-feira no Campus de Justiça, Lisboa.
Os ambientalistas tem idades entre 20 e 58 anos e, em caso de condenação, arriscam penas superiores a um ano de prisão.
À chegada ao tribunal no Campus de Justiça, Maria Mesquita, uma das jovens ativistas afirma que a luta vai continuar.
"Não existe nada mais que possamos fazer. Quando estas pessoas escolhem colocar a nossa vida em risco e a vida de todas as outras pessoas em risco, não há mais nada que possamos fazer", refere.
Segundo a Lusa, está previsto um programa em solidariedade que promete envolver e organizar os próximos passos do movimento pela justiça climática" - as "Assembleias de Abril", adiantou o movimento Climáximo, que considera que as 11 pessoas são julgadas por terem lutado pela vida no planeta.
"Não podemos normalizar a violência extrema que é a crise climática. A seca no Algarve, os milhões de pessoas atualmente deslocadas, e os milhares de mortes devido à crise climática. Sabemos que os governos e as empresas continuam os seus planos de destruição. Delegar-lhes a responsabilidade de travar a crise climática é o mesmo que esperar que o ditador ponha fim à ditadura", alertou o movimento.
O programa de ações em defesa do clima inclui debates sobre os "Planos de Desarmamento e de Paz" do Climáximo, palestras e assembleias abertas de "construção dos próximos passos do movimento".