O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, insta Rússia e Estados Unidos a pressionarem os vários partidos da Síria a acabarem com as retaliações e os ataques no terreno.
Ban Ki-moon pede também que ajudem a garantir uma investigação independente e clara ao ataque aéreo que destruiu o hospital de Alepo. Os bombardeamentos causaram a morte de dezenas de pessoas, incluindo crianças e médicos.
Vickie Hawkins, directora executiva da organização Médicos Sem Fronteiras – que se encontra no terreno - diz que este foi um duro golpe para a população.
“O hospital tinha o único centro pediátrico da zona. Tinha uma sala de emergência e todos os mecanismos necessários. Era um hospital que funcionava a 100% e a sua localização era bem conhecida por todas as partes envolvidas neste conflito. Lamentavelmente, mais uma vez, há um hospital que é bombardeado neste conflito. Isto é devastador para toda a população, impede que continuem a receber tratamentos médicos e ajuda clinica. Tudo isto acontece numa altura em que o conflito tinha abrandado”, disse Vickie Hawkins.
Por seu lado, o presidente das forças humanitárias da ONU diz que o estado catastrófico da cidade põe em risco o fornecimento de suplementos de ajuda humanitária que milhões de sírios precisam para sobreviver.
Staffan de Mistura, mediador das Nações Unidas na Síria, diz que é difícil levar a cabo conversações para um acordo de paz neste clima.
“Esta ronda de conversações de Genebra foi ensombrada – sejamos francos – pela deterioração substancial e verdadeiramente preocupante da cessação das hostilidades. Nas últimas 48 horas temos registado uma média de um sírio morto a cada 25 minutos e um sírio ferido a cada 13 minutos”, acrescenta.
O Governo sírio nega o envolvimento de aviões de combate sírios no atentado ao hospital. O Ministério russo da Defesa nega igualmente o seu envolvimento.