Mais de 60 militares da Marinha e do Exército vão reforçar, a partir de sexta e até segunda-feira, a vigilância e patrulhamento de prevenção de incêndios em nove distritos, informa o Estado-Maior-General das Forças Armadas.
"A subida das temperaturas para os próximos dias leva ao terreno, a partir de amanhã [sexta-feira], 66 militares distribuídos por 22 patrulhas (seis da Marinha e 16 do Exército), que vão reforçar as ações de vigilância terrestre e patrulhamento dissuasor em nove distritos de Portugal Continental, em apoio à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) na prevenção de incêndios", lê-se num comunicado enviado à comunicação social.
O EMGFA refere que o objetivo desta medida passa por "incrementar as ações de prevenção um pouco por todo o país, com especial incidência nos distritos de Bragança, Beja, Castelo Branco, Évora, Faro, Guarda, Portalegre, Santarém e Vila Real".
"Os militares das Forças Armadas irão ser empenhados em operações de vigilância terrestre, mas, em caso de necessidade, poderão ser empenhados em ações de pós rescaldo ou de apoio geral às operações de proteção e socorro que possam vir a ser desencadeadas", acrescenta o comunicado.
De acordo com o EMGFA, a estes militares "somam-se aos 124 que já se encontram nas mesmas funções em grande parte do território nacional".
Entre estes, 105 militares encontram-se "no âmbito do `plano faunos´, em apoio ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, e 19 militares no âmbito de protocolos municipais, em missões de vigilância, dissuasão e sensibilização da população".
"O Estado-Maior-General das Forças Armadas, através dos seus oficiais de ligação aos Comandos Distritais de Operações de Socorro, mantém o acompanhamento, em permanência, do evoluir da situação operacional", remata a nota.
A Proteção Civil prolongou hoje o estado especial de alerta amarelo até segunda-feira face à continuação de condições meteorológicas favoráveis ao risco de incêndio rural e anunciou o reforço de meios e da vigilância aérea e terrestre.
A decisão de prolongar o estado de alerta amarelo é justificada devido a questões meteorológicas (vento e baixa humidade do ar) e ao facto de agosto ser o mês em que há mais afluxo de pessoas para o interior do país, o que aumenta o risco de ignições em meio rural.
Embora não se esperem temperaturas extremas até segunda-feira, prevê-se a manutenção das condições meteorológicas observadas nos últimos dias, num quadro de vento moderado a forte, quer diurno quer noturno, e humidade relativa baixa em toda a região sul do vale do Tejo e no interior norte, com especial incidência nos distritos de Castelo Branco e Guarda.
Para enfrentar estes fatores críticos, o comandante adjunto operacional da ANEPC, Pedro Nunes, referiu que a Proteção Civil vai aumentar a vigilância aérea e terrestre, com recurso aos aviões de observação e vigilância que integram o dispositivo de combate a incêndios florestais, havendo ainda a intenção de recorrer aos 'drones' da Força Aérea para cumprir a missão em causa.
O estado de alerta - precisou Pedro Nunes - vai vigorar nos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre, Évora, Beja e Faro.