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O Presidente da República considera que o acordo alcançado no Eurogrupo "é um começo", mas que a União Europeia "tem a obrigação de ir mais longe" e olhar além da situação sanitária provocada pela covid-19.
Em resposta a questões dos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa congratulou-se por ter sido possível chegar-se a uma decisão no grupo ministerial informal presidido pelo ministro das Finanças português, Mário Centeno.
"Foi bom que tivesse havido. Todos temos a noção de que é uma ajuda, no caso português, 4.600 milhões de euros, é uma ajuda relativamente ao pagamento do 'lay-off', ao pagamento daqueles pais que estão em casa e continuam em casa para acompanhar os seus filhos devido à inexistência de aulas presenciais, para outros tipos de contributo fundamentais do Estado", salientou.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "seria grave que, decorridos tantos dias, a Europa se não unisse para olhar para aquilo que é urgentíssimo, já devia ter sido"."
"Mas é um começo. Eu penso que a Europa tem a obrigação de ir mais longe no futuro. O primeiro-ministro tem dito isso, o Governo português tem-se batido por isso. Fez isto, que é curto, antes ter feito do que não ter feito, mas tem de olhar com mais atenção para além da situação sanitária de emergência imediata para aquilo que é a reconstrução europeia", acrescentou.
Na declaração ao país desta sexta-feira, o Presidente da República anunciou que vai propor a renovação do estado de emergência até 1 de maio.
"Estamos a caminhar para meio da segunda fase" da luta contra o coronavírus, disse Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando que "é por isso que o esforço desta Páscoa é tão importante".
"Não podemos brincar em serviço, não podemos afrouxar, não podemos, neste momento, decisivo baixar a guarda", reforçou o Presidente da República.