As autoridades da Rússia detiveram, esta quinta-feira, mais de 1.000 pessoas que protestaram em mais de 40 cidades russas contra a ofensiva na Ucrânia.
De acordo com a organização não governamental OVD-Info, só na capital, Moscovo, ocorreram, pelo menos, mais de 300 detenções.
Na rede social Twitter já várias imagens que mostram a dimensão dos protestos e das intervenções policiais para os travar.
Citada pela agência Reuters, uma ativista da oposição russa, Marina Litvninovich, disse ter sido intercetada pelas forças de segurança russas assim que saiu de casa.
A contestação à invasão russa chegou, também, às altas esferas do Estado: mais de 150 altos funcionários russos assinaram uma carta aberta em que condenam a ofensiva lançada por Vladimir Putin, classificando-a como “uma atrocidade sem precedentes” e alertando para “consequências catastróficas” na sequência de um conflito “sem justificação” que, segundo dizem, não é apoiado pela maioria dos cidadãos russos.
Por toda a Europa e no resto do mundo, multiplicaram-se protestos junto às embaixadas russas em geografias tão diversas como Londres, Berlim, Paris, Estocolmo, Oslo, Riga ou Tóquio.
Também p presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou, esta quinta-feira, aos ucranianos que “saiam às ruas e protestem contra esta guerra”, depois, ainda antes da invasão, ter apelado aos russos que fizessem o mesmo.