No final de 2023, pouco mais de mil alunos tinham falta de pelo menos um professor, indicou esta quarta-feira o Ministério da Educação.
“A 29 de dezembro, estavam sem professor a pelo menos uma disciplina 1.161 alunos”, refere o gabinete do ministro João Costa, em resposta à Renascença.
No dia em que arrancou o 2.º período, o Ministério da Educação adianta que “não há horários por ocupar anteriores ao início de novembro”.
Os dados do Governo diferem das informações recolhidas pela Federação Nacional de Professores (Fenprof) e pelo Movimento Escola Pública.
De acordo com um inquérito da Fenprof a mais de 200 agrupamentos escolares, um quarto das escolas não conseguiu garantir professores a todas as disciplinas no 1.º período do ano letivo.
“Quase um quarto das escolas responderam que não conseguiram completar o corpo docente entre setembro e dezembro e foram menos de metade (41,3%) as escolas que conseguiram completar o corpo docente durante o mês de setembro”, disse o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.
A falta de professores é uma preocupação também para o movimento Missão Escola Pública.
Segundo Cristina Mota, pelo menos 35 mil alunos regressaram agora às aulas sem docentes a todas as disciplinas.
“Nós tínhamos no último dia de aulas do 1.º período uma estimativa de cerca de 35 mil alunos que não tinham professor. Tendo em conta que a plataforma que diz respeito às ofertas de escola encerrou durante a pausa letiva e que também não teve lugar a reserva de recrutamento, o mesmo número de alunos vai iniciar o 2.º período sem professor”, sublinha Cristina Mota, da Missão Escola Pública.