O CDS-PP vê como positivo o desenvolvimento das investigações ao furto de Tancos. O partido tem exigido explicações e agora o deputado João Rebelo pede que a justiça atue com “tranquilidade”.
Em declarações à Renascença, o deputado do CDS-PP mostrou-se aliviado pelo progresso da investigação, dizendo que “finalmente a investigação está a começar a produzir efeitos e a ter algumas conclusões”.
Esta terça-feira, o coronel Luís Augusto Vieira, diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), foi detido no Restelo, em Lisboa, por volta das 11h00, e mais sete pessoas foram alvos de mandados de detenção. Num comunicado enviado à Renascença, a Procuradoria-Geral da República confirma que foram detidos “militares da PJM e da Guarda Nacional Republicana e um outro suspeito”.
As detenções estão a ser efetuadas no âmbito da investigação das circunstâncias em torno do aparecimento, a 18 de outubro de 2017, do material de guerra roubado em Tancos.
João Rebelo afirma que “a verdade tem de ser apurada, custe a quem custar, independentemente das posições de que nós estamos a falar” e que, agora, cabe a justiça fazer o seu papel. “A justiça é cega e há de ir onde for necessário ir para se apurar as responsabilidades sobre esta questão”, espera o deputado do CDS-PP.
Sobre o que o CDS-PP fará em virtude do mandado de detenção ao diretor do PJM, João Rebelo não adianta: “vamos discutir no seio do partido quais as próximas medidas, mas gostaríamos também que este novo desenvolvimento acontecesse com alguma tranquilidade e que não sofresse pressões de lado nenhum, para que fosse o mais longe possível”, rematou o deputado.
O próximo passo poderá ser um pedido para a realização de uma comissão de inquérito. O CDS já tem chamado o ministro da Defesa ao Parlamento para esclarecer o caso, assim como o chefe do Estado-Maior do Exército.
Em setembro do ano passado, o CDS-PP pediu a demissão do ministro Azeredo Lopes, com o próprio João Rebelo a pedir ao governante que saísse “pelo próprio pé”.