O Papa diz que este “é o tempo da misericórdia” porque é tempo de a Igreja mostrar “o seu rosto de mãe à humanidade ferida”. Uma Igreja que “não espera que os feridos batam à sua porta, mas que vai à procura deles pela rua, acolhe-os, abraça-os, cuida deles e fá-los sentir amados”.
Francisco fala da importância da confissão e da sua experiência de confessor, diz que a misericórdia e a lealdade de Deus estão relacionadas, e que, por isso, reconhecer os pecados e ter vergonha é uma graça. O Papa diz que prefere “que as pessoas homossexuais se venham confessar”, que fiquem próximas de Deus e se aconselhem na oração e indicação do caminho.
O livro está recheado de casos concretos e histórias reais – e até mesmo e-mails que recebe e que ilustram a experiência de misericórdia. Francisco usa também vários episódios bíblicos e passagens dos Evangelhos.
A relação entre verdade, doutrina e misericórdia não fica esquecida, nem a articulação da justiça terrena e dos crimes e graves delitos com a misericórdia divina.
A família é a melhor escola para aprender o que é a misericórdia e, entre tantos conselhos preciosos para a credibilidade do cristão, o Papa conclui o livro citando S. João da Cruz: “No fim da vida, seremos julgados sobre o amor”.