O Instituto Politécnico do Porto (IPP) vai despedir um docente e suspender dois, por 200 e 90 dias, respetivamente, na sequência processos disciplinares instaurados após denúncias de assédio em abril do ano passado, divulgou esta quarta-feira a instituição.
"Após a conclusão do devido procedimento disciplinar, considerando as conclusões dos mesmos, os instrutores dos processos propuseram a pena de despedimento para um dos visados e a suspensão para os restantes docentes, por 200 e 90 dias", pode ler-se num comunicado hoje divulgado pela instituição.
O texto revela que, "após parecer favorável do Conselho Geral do Politécnico, o presidente [Paulo Pereira] determinou aplicação das referidas penas aos três docentes da Escola Superior de Educação".
Os processos foram ainda, "e em função dos factos provados, comunicados ao Ministério Público, tendo em vista a devida e legal análise por parte das entidades judiciárias".
Em abril, os docentes já tinham sido suspensos preventivamente, na sequência de queixas recebidas no dia 18 daquele mês.
Esta quarta-feira, o Politécnico do Porto salientou que "mantém o seu posicionamento muito assertivo sobre matérias desta natureza, designadamente não tolerar qualquer tipo de comportamentos que envolvam assédio".
"O assédio é inaceitável e não é tolerado de nenhuma forma, pelo que o Politécnico se mantém atento e promove vários mecanismos de denúncia e combate a comportamentos desta natureza", refere a instituição.