Adquirida pela autarquia gondomarense, a miniatura do Santuário de Fátima é a mais recente novidade do Museu Municipal da Filigrana de Gondomar.
Apesar da idade, a réplica de filigrana está "perfeita, como nova". Quem o diz é Ana Paula Pereira, responsável do museu, que conversou com a Renascença sobre a importância do artigo, não só pelo seu valor artístico, mas também pela sua história.
A réplica, de prata dourada e com cerca de dois quilos e meio, foi produzida na década de 1970, por Joaquim Monteiro. Depois do falecimento do ourives, a oficina da família continuou a preservar este e outros dos trabalhos originais do artesão num baú.
O estado imaculado e a peculiaridade da miniatura do Santuário de Fátima chamaram a atenção do município de Gondomar, famosa pela ourivesaria e filigrana: "[Foi] garantido, até pelo próprio filho, que uma peça destas nunca mais será produzida", realça Ana Paula Pereira.
Em exposição há aproximadamente um mês, a responsável sublinha que a réplica tem sido uma atração "muito procurada": "As pessoas, quando a veem, ficam realmente encantadas".
Com direito a vitrina própria, a pequena cópia do santuário passou a fazer companhia à coroa da Nossa Senhora de Fátima, outra das atrações "muito queridas para os visitantes". Segundo Ana Paula Pereira, estas "duas peças fundamentais" encabeçam uma coleção de arte sacra que o museu deseja expandir.
O Museu Municipal da Filigrana de Gondomar foi inaugurado em maio deste ano, na histórica Casa Branca de Gramido. De acordo com o website oficial, o espólio de filigrana conta ainda com uma réplica da Torre de Belém, o Vestido em Filigrana e o Coração Colaborativo, conhecido como o "maior coração de filigrana do mundo".