O embaixador russo junto às Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, afirmou que o crescente volume de armas enviadas pelo ocidente para a Ucrânia indica que a NATO procura uma escalada do conflito.
Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada pela própria Rússia para discutir o fornecimento de armas ocidentais a Kiev, Nebenzya afirmou que o "Ocidente trava uma guerra por procuração contra a Rússia na Ucrânia".
"Estados ocidentais continuam a dizer persistentemente que não são partes no conflito, que apenas ajudam a Ucrânia a defender-se. No entanto, a realidade é exatamente o oposto. O Ocidente trava uma guerra por procuração contra a Rússia na Ucrânia. Desde a última reunião deste Conselho sobre o envio de armas ocidentais para a Ucrânia, em fevereiro, não só o seu volume não diminuiu, como continuou a crescer", argumento o diplomata russo.
"Isso prova a intenção dos Estados-membros da NATO de escalada. Obviamente, eles não estão interessados em qualquer solução pacífica do conflito", acrescentou o representante de Moscovo.
De acordo com Nebenzya, o envio de armas cada vez mais poderosas para a Ucrânia, em combinação com o fornecimento contínuo de inteligência para ataques e treino de soldados ucranianos, tornam esses países ocidentais "não apenas partes do conflito armado com a Rússia, (...) mas também cúmplices de crimes de guerra das forças armadas ucranianas e batalhões nacionalistas".
O embaixador concluiu o ser pronunciamento afirmando que a "Rússia reserva-se ao direito de tomar todas as medidas necessárias para neutralizar as ameaças à segurança".
"Os objetivos da operação militar especial serão alcançados", frisou.