O novo pipeline do corredor energético verde entre Portugal e Espanha terá 162 quilómetros e um custo de 300 milhões de euros.
Os números foram avançados esta sexta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, no final do Conselho Europeu, em Bruxelas.
“O projeto tem vários segmentos. O que nos diz respeito é um segmento de 162 quilómetros, com custo estimado de 300 milhões de euros, para fazer a ligação entre Celorico da Beira e Vale de Prado [Zamora]”, declarou António Costa.
“A partir daí há dois segmentos: o segmento Barcelona-Marselha, que é totalmente novo, e há um que porventura que terá de ser desenvolvido e que Espanha terá de explicar melhor, que é a ligação entre Zamora e Barcelona, que tipo de investimento terá de fazer na sua própria rede”, referiu o primeiro-ministro.
António Costa espera que o "corredor energético verde" tenha financiamento comunitário. "Sendo este um corredor que serve não só Portugal, Espanha e França, mas o conjunto da Europa, é que este corredor volte a ser classificado como um projeto de interesse comum e possa ser financiado pela União Europeia", sublinhou.
O chefe do Governo foi também questionado sobre reserva de energia conjunta com Espanha. Segundo António Costa, há acordo e agora vai começar a fase de estudo.
“É um projeto que ontem decidimos começar a estudar. Não há nem timings, nem verbas. Há uma decisão de começar a estudar, porque faz sentido tendo um mercado que é ibérico, conjunto, sendo reforçada a integração do mercado com uma nova interligação elétrica em curso e uma nova ligação em gás que foi agora desbloqueada, faz sentido completar este mercado conjunto com a possibilidade de termos também uma reserva conjunta para acorrer a necessidades”, explicou.