A Casa Branca garantiu esta segunda-feira que a ajuda dos EUA à Ucrânia será mantida "enquanto for necessário", apesar da lei para a prorrogação do financiamento do Governo por 45 dias, aprovada no sábado, não incluir um aumento desse apoio.
"Esse compromisso vai continuar. Continuaremos a ajudar a Ucrânia enquanto for necessário", garantiu a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em conferência de imprensa.
A medida que impediu o encerramento temporário da administração norte-americana, a partir da meia-noite de sábado por falta de fundos, deixou de fora a ajuda à Ucrânia solicitada pelo presidente, Joe Biden, que ascendia a 24 mil milhões de dólares (22,7 mil milhões de euros).
O Senado reduziu esses fundos para 6.000 milhões de dólares (5.700 milhões de euros), embora na sua aprovação final, por 88 votos a favor e 9 contra, a prorrogação também não incluísse este financiamento.
Espera-se agora que a Câmara dos Representantes vote um projeto de lei separado para ajudar o país que enfrenta a invasão russa.
"As ações dos republicanos extremistas não ajudam. Não nos ajudam com os nossos parceiros e aliados, mas continuaremos", realçou Jean-Pierre em referência ao apoio americano a Kiev.
A porta-voz da Casa Branca sublinhou também que Washington ainda tem uma quantidade suficiente para cobrir as necessidades urgentes da Ucrânia no campo de batalha.
Karine Jean-Pierre sublinhou que há apoio bipartidário no Congresso para continuar a financiar a Ucrânia e sublinhou que é isso que se espera na Casa Branca.
O veto à ajuda à Ucrânia na resolução aprovada no sábado partiu da ala mais dura do Partido Republicano, que considera que se está a dar um cheque em branco àquele país sem verificar a utilização que é dada a esses fundos.
O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden destacou, após a provar a medida de financiamento de emergência, que foi evitada "uma crise desnecessária que teria infligido dor desnecessária a milhões de trabalhadores norte-americanos".
"Este projeto de lei garante que as tropas em serviço ativo continuarão a ser pagas, que os viajantes evitarão atrasos nos aeroportos, que milhões de mulheres e crianças continuarão a ter acesso a assistência nutricional vital e muito mais", frisou o chefe de Estado em comunicado.
Sobre a ajuda à Ucrânia, o Presidente defendeu que "a esmagadora maioria do Congresso tem sido firme no seu apoio" ao país.
"Em nenhuma circunstância podemos permitir que o apoio norte-americano à Ucrânia seja interrompido", disse Biden no sábado.