Veja também:
• Dossiê Abusos na Igreja. Quebrando o silêncio
• Vítima de abuso. “Estive 22 anos em silêncio. Sentia-me culpada, passei muitas noites a chorar”
• Quais são os casos públicos de abusos sexuais de menores na Igreja?
• Como os Papas lidaram com os abusos sexuais na Igreja
• Todas as notícias sobre Abusos na Igreja
Três dias depois da conferência de imprensa da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), em Fátima, para o anúncio de medidas sobre os abusos sexuais na Igreja Católica, o PCP vem tomar posição para dizer que as conclusões dos bispos "sobre os trabalhos da Comissão Independente não correspondem à gravidade da situação".
Em comunicado, o PCP refere a "dimensão do problema" e as "expectativas existentes" na sociedade para defender que é possível a Igreja Católica, no seu funcionamento, tomar medidas preventivas e administrativas".
Os comunistas consideram assim que a Igreja Católica pode agir permitindo "retirar os presumíveis abusadores da vida pública e do inevitável alarme social que isso motivaria".
Na nota enviada às redações, o PCP refere que essa ação da Conferência Episcopal pode surgir até que "conclusões judiciais e canónicas" sejam tomadas e "independentemente das decisões judiciais que a situação imponha".
Uma tomada de posição que o partido liderado por Paulo Raimundo faz questão de dizer que surge "com respeito" pela "independência" da Igreja Católica e que surge à boleia do que "muitos católicos e mesmo padres" têm dito, segundo o PCP.
Se foi vítima de abuso ou conhece quem possa ter sido, não está sozinho e há vários organismos de apoio às vítimas a que pode recorrer:
- Serviço de Escuta dos Jesuítas , um “espaço seguro destinado a acolher, escutar e apoiar pessoas que possam ter sido vítimas de abusos sexuais nas instituições da Companhia de Jesus.
Telefone: 217 543 085 (2ª a 6ª, das 9h30 às 18h) | E-mail: escutar@jesuitas.pt | Morada: Estrada da Torre, 26, 1750-296 Lisboa
- Rede Care , projeto da APAV, Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, que “apoia crianças e jovens vítimas de violência sexual de forma especializada, bem como as suas famílias e amigos/as”.
Com presença em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Setúbal, Santarém, Algarve, Alentejo, Madeira e Açores.
Telefone: 22 550 29 57 | Linha gratuita de Apoio à Vítima: 116 006 | E-mail: care@apav.pt
- Comissões Diocesanas para a Protecção de Menores . São 21 e foram criadas pela Conferência Episcopal Portuguesa.
São constituídas por especialistas de várias áreas, recolhem denúncias e dão “orientações no campo da prevenção de abusos”.
Podem ser contactadas por telefone, correio ou email.
Para apoiar organizações católicas que trabalham com crianças:
- Projeto Cuidar , do CEPCEP, Centro de Estudos da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica
Se pretende partilhar o seu caso com a Renascença, pode contactar-nos de forma sigilosa, através do email: partilha@rr.pt